quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dia #22 Eslovacos, que raio de comida é a vossa?!

O dia comecou da melhor maneira quando chegamos a Sudbahnhof e vimos o nosso comboio a partir, tendo que esperar uma hora pelo proximo.Quando chegamos a Bratislava apanhamos o autocarro para o hostel, ficando muito contentes ao saber que tinhamos internet e pequeno almoco gratis, cozinha, uma welcome drink e desconto de 10% nas refeicoes.Pensamos logo que seria uma boa ideia experimentar comida tipica ao jantar.Fomos fazer uma free tour pela cidade (que ao contrario de Viena é muito pequena, apesar de bastante engracada) acompanhadas pelo Timmy, um rapazinho australiano muito simpatico mas sem muito jeito para a coisa.Contou-nos imensa historia de Bratislava, o lado eslovaco das historias que tinhamos ouvido em Praga, e levou-nos aos principais pontos de interesse da cidade.






De volta ao hostel e ansiosas pelo jantar escolhemos 2 dos 3 pratos tipicos disponiveis.
Se acham que gnocchis com sementes de papoilas e acucarn é uma combinacao estranha, deviam ter provado o que a Francisca e a Ana pediram.


O cheiro era inacreditavel e estamos enjoadas para 3 dias.
A bebida que nos ofereceram (Borovicka) era tambem muito boa...

Beijinhos


P.S.: Continuamos com problemas com as fotografias, ficam prometidas para breve

Dia #21 Comida a serio!!!

De manha (e enquanto nao comecava a chover) fomos para o centro de Viena onde visitamos a Universidade,


o Parlamento,


o teatro,


a camara municipal,

o Hofburg


e a Opera.


Ainda antes de almoco decidimos ir experimentar aquele que é considerado o melhor bolo de chocolate do mundo.


É bastante bom, mas nao é o melhor bolo de chocolate do mundo.
Cansadas de massas instantaneas, e aproveitando a cozinha do hostel, compramos frango e alguns vegetais para o almoco.
Ja tinhamos saudades de comida a serio!
Como á tarde a chuva voltou em grande, fomos visitar a Kunsthaus



e, aproveitando os passes de transporte, fomos dar uma volta de tram pela cidade.
A noite deliciamo-nos com mais uma dose de massas instantaneas.

Beijinhos e saudades*


P.S.: este post é dedicado ao chinoise que foi assaltado 2 vezes da mesma maneira, tendo numa delas sido roubalhado em 1000 euros.

Dia #20 Viena, tarde cultural a chuva

Surpresa das surpresas, chegamos a Viena e estava a chover.
Decidimos por isso ir ao Museums Quarter ver as exposicoes de Keith Haring e Basquiat no Kunsthalle e de Schiele e Klimt no Leopold Museum.
As duas primeiras eram tudo o que tinhamos esperado, mas quando chegamos ao Leopold Museum apanhamos a maior das desilusoes.
De Klimt so havia 3 quadros e nos restantes pisos conhecemos perolas como as de Otto Muhel, que incluiam quadros com Van Gogh a ser violado por uma cabra.
O nivel era tanto que alguns dos quadros nem sequer estavam expostos por atentado ao pudor, uma vez que continham cenas de abuso sexual de menores.
Dinheiro muito bem empregue mais uma vez...
Aproveitando o sol do fim da tarde fomos ao palacio da Sissi.


Beijinhos

Dia #19 Nao vai querer paté?(*) ou a maior molha das nossas vidas

Na manha seguinte fomos visitar o castelo,


passando pela ponte D. Carlos



(sim avo Nela, encontramos a estatua do Nepomuceno),


e por uma rua onde as casas tinham figuras em vez de numeros nas portas.


Passamos ainda pela "Lennon Wall", um simbolo dos ideais de "paz e amor", que vai sendo sucessivamente pintada por varios jovens.


Do cimo do castelo a vista era realmente bonita.



Depois de almoco fomos ver melhor os sitios por onde tinhamos passado ontem, incluindo a igreja que tem um braco mumificado pendurado numa corrente, supostamente cortado de um assaltante que tentou roubalhar o colar de uma das estatuas (apostamos que foi o Napoleao), quando esta ganhou vida e o agarrou.


Ao fim da tarde fomos ate a Casa Dancante e depois regressamos a praca principal para vermos o relogio astronomico a funcionar



e dirigimo-nos as escadas do Rudolfinum para jantar.


Mais uma vez decidimo-nos pelo pao, e mais uma vez calinamos a grande.
Tentamos escolher paté no super mercado (ajudadas por um rapaz checo que falava ingles tao bem como nos falamos chines) e trouxemos 2 qualidades diferentes: frango para a Francisca e atum para a Filipa e para a Ana (pensavamos nos).Ja nas escadas do Rudolfinum, quando tentavamos fazer as sandes, descobrimos que o paté de frango sabia a tudo menos a frango e o paté de atum era cor de laranja, cheirava a salsicha, e nao sabia a nenhum dos dois.



Nem sequer vamos comentar...
Chegamos ao hostel e ja chovia, por isso ponderamos entao apanhar um taxi para a estacao. No entanto parou de chover durante as duas horas de espera.
Mal pusemos os pes fora do hostel comecou a chover de tal maneira que nao havia parte do nosso corpo que nao estivesse molhado. Assim sendo apanhamos um taxi e corremos para a casa de banho da estacao para mudar de roupa.
Depois de muito frio e muita chuva percebemos que o comboio estava atrasado meia hora.
Novamente molhadas (porque as mochilas ainda nao tinham secado), esperamos pelo dito.


Beijinhos


* para mais informacoes escrever "rivaldo sai desse lago" em www.youtube.com



P.S.: este post é dedicado ao cromanhon de Coimbra que ia para "ZAGREG" e torturou a Francisca com o seu xulé toda a viagem

Dia #18 O segundo Colin das nossas vidas

Como ja é habitual, comecamos o dia por deixar as malas no hostel e procurar um free tour.
Qual nao foi o nosso espanto quando chegamos a praca principal e o nosso guia se apresentou como "Colin, o escoces".


Naturalmente que nao tinha nada a ver com o primeiro.
Apesar disso, era bastante simpatico e contou-nos imensas coisas sobre a cidade, como por exemplo o facto de o bairro judeu de Praga ter sobrevivido a 2a Guerra Mundial porque era ai que Hitler queria fazer um museu do povo que tinha conseguido extinguir.
Vimos tambem os principais pontos de interesse da cidade e descobrimos que em Praga foram gravados filmes de alta qualidade como "Triple X" e "Eurotrip".
A caminho do hostel passamos num super mercado para comprar o jantar, uma vez que nao tinhamos cozinha. Para variar decidimo-nos por pao, mas desta vez com salsichas...


Ja no quarto, quando a Francisca deu a 2a trinca (porque a 1a foi dada com a salsicha ainda plastificada) exclamou: "Que gosma amarela é esta que esta a sair da minha salsicha?! Isto tem molho?!". A Ana e a Filipa, ainda agarradas a barriga de tanto rir com a salsicha plastificada, rebolaram pelo chao quando descobrimos que tinhamos trazido salsichas recheadas com queijo.


Como devem imaginar, eram optimas e souberam-nos muito bem.


Beijinhos

Dia #17 Goodbye Francouzka...

Antes de irmos para Praga fomos visitar o resto da cidade, comecando pelo castelo


e acabando no bairro judeu.



Como o comboio era so as 10.30, jantamos num centro comercial perto da estacao e depois seguimos viagem, desta vez deitadas


e acompanhadas por 3 portugueses que estavam a fazer o percurso exactamente inverso ao nosso.

beijinhos

Dia #16 Afinal Cracovia nao é tao assustadora como os comboios polacos, ou o dia em que quase vimos Auschwitz

Cracovia é realmente bonita. É uma cidade pequena e muito calma onde, ao contrario do que esperavamos, as pessoas entendem bem o ingles.
Tem tambem as igrejas mais bonitas que encontramos ate agora (apesar de a maioria delas ter placas a suplicar para nao as visitarmos).


Gostamos realmente de cracovia, apenas estranhamos o facto de as pessoas comerem pizza e kebab ao pequeno almoco e de os restaurantes abrirem antes das pastelarias.
Como a Francisca nao queria ir a Auschwitz e so podian ficar no hostel nesse dia porque no dia seguinte tinhamos que fazer o check out ate as 10, a Filipa e a Ana decidiram (tentar) fazer a visita nessa tarde. Obviamente que foi calinada atras de calinada.
Munidas de um mapa e com o nome da rua onde se apanhavam os autocarros, fomos mandadas para a frente e para tras por todas as pessoas a quem pedimos indicacoes, acabando num comboio que nao parava no campo de concentracao e sim na vila.No comboio disseram-nos que a distancia era curta e que podiamos ir a pe e foi o que resolvemos fazer.
Quando chegamos ao sitio que nos tinham indicado, vimos uma esplanada e uma placa que dizia "Museu Auschwitz". Pensamos entao que aquilo seria so o museu e que teriamos de andar mais um bocado ate aos campos de concentracao. Pedimos indicacoes ao guarda, que nos mandou seguir sempre em frente. Como para a frente so havia fabricas, decidimos confirmar a informacao com a loira oxigenada de colete reflector que estava a dar indicacoes sentada debaixo de um chapeu de sol. A inteligente senhora disse-nos que para Birkenau tinhamos que seguir pela direita e virar a esquerda na rotunda, e que para Auschwitz era muito complicado explicar.Optamos por ir primeiro a Birkenau e ai tentar encontrar o caminho certo para Auschwitz. Ao fim de uma boa meia hora a andar debaixo de um sol abrasador (sem qualquer placa que nos indicasse o caminho a seguir), demos com um deposito de pneus onde estava uma simpatica familia hamana. A mae era a unica pessoa que falava ingles e ofereceu-nos boleia prontamente, perguntando se queriamos ir ao campo ou ao museu. Levou-nos ate ao sitio de onde tinhamos partido e disse que ai era o museu. Depois deixou-nos no campo de Birkenau.


No fim da curta visita fomos informar-nos de como ir para o campo de Auschwitz e disseram-nos que ja estava fechado. Foi entao que percebemos que a ambos os campos chamam de museu e que o sitio de onde tinhamos partido (e onde estava a brokere da loira oxigenada) era na verdade o campo de Auschwitz.
Por sorte conseguimos boleia de volta a Cracovia no autocarro de um tour organizado, caso contrario teriamos que voltar a vila (quase uma hora a pe) e apanhar novamente o comboio (mais uma hora e meia).
No meio disto tudo, estava a Francisca em panico no hostel, porque a Ana e a Filipa nunca mais chegavam.
O dia acabou em beleza com um esparguete a bolonhesa instantaneo, que o senhor do hostel tambem comeu, apesar de no inicio se ter feito de esquisito.


Beijinhos

Dia #15 A noite que mudou as nossas vidas

Para acabar a nossa visita a Berlim, fomos de manha ate a Hamburger Bahnhof, uma antiga estacao de comboios, que foi transformada num centro de exposicoes.


Iamos entusiasmadissimas com a perspectiva de ver obras de artistas ao nivel de Andy Warhol, mas quando la chegamos percebemos que como o Andy Warhol so mesmo o Andy Warhol (temos mesmo jeito para decidir em quais as exposicoes vamos gastar dinheiro, mas valeu a pena pelo Andy Warhol).


Ainda nao contentes com a despesa, seguimos directas para a Haagen Dasz, munidas com cupoes de desconto que ganhamos com o "Berlim Welcome Card" (sim, aquele que compramos por 23euros, lembram se?).


Obviamente que, tres waffles com gelado e chocolate mais tarde, agitar os cupoes a frente do sr Haagen Dasz nao resultou em nada, arranjaram logo maneira de nos cobrar o preco todo.
Mais que piursas com a situacao, voltamos ao hostel para ir buscar os mortinhos (sim, as malas) e partimos a aventura para Cracovia.
Para completar o circulo cosmico de acontecimentos deste dia, mal chegamos a estacao fomos informadas pelo sr. altifalante de que o nosso comboio estava atrasado precisamente na quantidade de tempo de que precisavamos para mudar de comboio a meio da viagem.
O panico instalou se quando nos dirigimos as informacoes e o sr. bahnhof nos disse "Temos pena, vao amanha". Felizmente tivemos o bom senso de confirmar a situacao com o sr. bahnhof n. 2, que nos disse que o atraso seria compensado ao longo da viagem, porque iriam cortar no tempo de paragem na estacao e na fronteira.
Fomos entao, todas contentes, apanhar o comboio e, quanto esperavamos, conhecemos duas inglesas na mesma situacao que nos: Sophie e Lillie. O comboio partiu a todo o gas e, mais ou menos a meio da viagem, parou a horas numa das estacoes previstas. Qual nao foi o nosso espanto, quando nos apercebemos de que ele ali parou durante 25mn: precisamente a mesma quantidade de tempo em que supostamente estaria atrasado. Conclusao, estava a compensar o atraso que ser esperado nas estacoes seguintes.
Partimos entao em busca do pica para nos dar satisfacoes. Quando a Ana o abordou com um cordial "Mas voces sao burros?! Nos temos que apanhar o comboio para Cracovia em Szczecin Glowny!" o sr, nao a deixando sequer acabar a frase, desatou aos berros em alemao (onde so se percebia a palavra "telefonieren"), disse que nao falava ingles, virou costas e entrou na cabine.
Fomos entao falar com as inglesas para decidirmos o que iamos fazer, quando o sr. pica volta (a falar em ingles), a perguntar quantas eramos, porque ia ligar para Szczecin e pedir para o comboio esperar. Pensamos que estaria tudo bem... mas mal sabiamos nos que na estacao de Szczecin nao havia numeros nas plataformas, quanto mais algo que nos indicasse qual era o comboio para Cracovia e so tinhamos dois minutos para o apanhar.
Desatamos a gritar por "KRAKOW!!" e uma sra que ia a passar indicou nos o comboio certo.
A respirar de alivio, entramos naquele que se iria revelar o combio mais surreal de todos os tempos (nas palavras da Francisca "o pior pesadelo da minha vida").
Assim que entramos, vimos logo que aquilo nao podia correr bem, pois so faltava haver galinhas a passear pelo corredor (como nos filmes hamane-brokeres). Como nao havia reservas, tentamos encontrar um compartimento em que coubessemos as 5 (nos e as inglesas), mas uma sra com 3 metros de unhas enfeitadas com brilhantes foi simpatica o suficiente para informar a Francisca de que aquilo era a 1a classe e que tinhamos que ir para o fundo do comboio. Nesse momento comecamos a temer pelas nossas vidas...
Conseguimos lugar num compartimento da ultima carruagem, onde iamos muito bem acompanhadas por 2 homens, ambos descalcos e a cheirar extremamente bem. Para melhorar tudo, so era permitido fumar nos compartimentos fechados (e nao nos corredores ou nas zonas de saida). Adivinhem la quem e que fumava?... Exactamente, o sr. descalco n. 1, apesar de tentar deitar a maior parte do fumo pela janela para nao nos incomodar. Ajudou-nos tambem a por as malas nos estrados e a funcionar com o comboio (ar condicionado era mentira e nem sequer sabiamos como desligar a luz). Era hamana, mas era nice.
A meio da viagem, o sr. descalco n. 2 saiu do comboio e tentamos instalar-nos o melhor possivel para dormir (sentadas, obviamente, porque na Krakow nao ha camas para ninguem). Todas as tentativas de posicoes revelaram-se infrutiferas, pois a vasta panoplia de pes e rabos alheios nao estava a colaborar.
Foi, como podem imaginar, uma agradavel viagem.


(Continua no post seguinte...)


P.S.: Este post e dedicado a(o) nosso(a) companheiro(a) de quarto, ao seu tricot vermelho, Ipod roxo, sandalias romanas, necessaire hamana e top com asas de anjo feitas em swarovsky